sexta-feira, 30 de abril de 2010

A fé sem obras é morta


Um dos denominadores comuns nas seitas é o ensino não bíblico de que a fé não é suficiente para a salvação. Conquanto [elas dizem], sejamos salvos pela fé, esta precisa ser acompanhada de boas obras, a fim de que a nossa salvação pessoal seja completada. Essa distorção apresenta a fé MAIS alguma atividade ou esforço da parte do indivíduo. Ora, o que Deus proveu em Jesus Cristo foi total e suficiente, de modo que esse ensino [das seitas] é uma negação do evangelho.

A passagem favorita usada pelos grupos sectários, tentando respaldar [sua doutrina de graça mais obras], é Tiago 2:14-26. Aqui, eles dizem, está a prova de que as obras são necessárias. Vejamos uma lista:

* Ser batizado para a salvação.

* Tornar-se um discípulo, desistindo de tudo.

* Ir de porta em porta.

* Alimentar e cuidar dos carentes.

* Viver segundo as leis da “igreja”.

* Viver segundo os Dez Mandamentos.

* Ser batizado segundo a fórmula correta.

* Viver sem pecar.

* Acreditar nos milagres que acontecem no grupo.

* Falar em línguas.

* Pertencer exclusivamente àquela igreja ou organização.

As seitas sempre têm um algo mais necessário para se obter o favor divino ou se conservar a salvação. Esse conceito pode ser facilmente refutado por dúzias de passagens bíblicas, as quais declaram exatamente o contrário. Mas, o desafio agora diz respeito à Carta de Tiago. Portanto, precisamos ir diretamente ao contexto da mesma.

Antes de fazer isso, uma boa regra é ler e perguntar, quem, o que, onde, por que e quando [esta carta foi escrita]. Isso pode esclarecer as coisas obscuras, fazendo-nos focalizar melhor o contexto da escrita. Quando formos ler esta passagem (Tiago 2:14-26), devemos abrir nossa Bíblia, ter à mão papel e caneta e, antes de iniciarmos a análise, devemos orar. Precisamos gastar algum tempo no texto e pensar no que Tiago quis dizer.

Nossa intenção deve ser dividir corretamente a palavra (2 Timóteo 2:15) e isso requer algum tempo. Examinemos antes toda a carta, a fim de nos familiarizarmos com o tema da mesma; em seguida, examinemos as passagens específicas. Leiamos toda a carta, cuidadosamente.

* Quem é o autor da carta?

* O que sabemos a seu respeito, partindo desta carta?

* Ele é citado em alguma outra parte da Escritura?

* Qual o seu pano de fundo, a partir de outras cartas?

* Ele é um apóstolo ou apenas alguém conhecido como apóstolo?

* Do que ele está falando?

* Qual é o tema?

* Qual é o assunto ou ensino principal? (Toda carta tem um tema predominante).

* Qual a razão ou propósito desta carta?

* Por que ele está escrevendo a mesma para um povo especial?

* O que essas pessoas estão fazendo e no que estão crendo, a fim de merecerem o recebimento desta carta?

* Existe algum erro bíblico na sua doutrina ou prática que necessite de correção?

* O autor está dando segmento a alguma carta anterior?

* Existe algum novo conhecimento a ser revelado?

* O autor está falando figurada ou literalmente?

* Quem são os destinatários desta carta?

* O que o autor está dizendo sobre eles nesta carta?

* Quando ela foi escrita?

* O que estava acontecendo antes ou no tempo em que a carta foi escrita?

* Ele havia estado no local ao mesmo tempo?

* Ou apenas ouviu falar dos destinatários, a parir de outrem e pretendia ir até eles?

* Ele está se incluindo entre aqueles para quem está escrevendo ou não está se envolvendo?

* Ele está dando novas informações ou apenas os relembrando do que já havia dito (conforme Paulo na 2 Tessalonicenses)? A diferença pode ser importante sobre o que estava acontecendo ou poderia acontecer no futuro.

* Existem palavras ou frases chave?

* Quais as palavras que ocorrem mais freqüentemente?

* Como o autor as usa e as define na carta e na passagem? (Palavras como fé, obras, morta) Como estão sendo aplicadas em cada situação?

* Ele usa contraste ou comparação?

* Pode-se definir qual o ponto principal que vem primeiro?

* O que o autor deseja que os destinatários e os leitores saibam sobre este ponto do ensino?

* Qual é o espírito do texto?

* Agora, podemos ir às palavras específicas: Existe algum suporte em outros livros para que se interprete corretamente esta passagem?

* Eles estão nos levando a alguma conclusão?

Permaneçamos fiéis ao texto e conservemos o ensino em seu imediato contexto. Existem algumas regras básicas para a interpretação bíblica (Hermenêutica). Por que duas pessoas que fazem o mesmo estudo, nas mesmas Escrituras, chegam a conclusões diferentes? É porque em vez de se renderem ao texto e à sua significação literal, elas procuram sair do que o texto realmente diz. Deixam de seguir o caminho da lógica bíblica, rumo às suas próprias conclusões. Isso porque o texto literal poderia complicar as suas noções preconcebidas sobre o que antes lhes fora ensinado.

Vamos agora examinar o texto de Tiago 2:14-26, o qual tem sido tão mal interpretado.

Tiago 2:14-26 - “Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada. E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus. Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé. E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários, e os despediu por outro caminho? Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.”

Tiago estava tentando corrigir a Igreja, mostrando como esta estava agindo em sua fé. A Igreja (os membros) estava sendo hipócrita, considerando somente os ricos. A razão para isso é que a Igreja de Jerusalém era pobre e perseguida. Os que haviam se convertido e seguido o Messias haviam perdido todos os seus bens. Este é o pano de fundo histórico da carta (1 Coríntios 16:1-3).

Tiago 2:8-12 - “Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redargüidos pela lei como transgressores. Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei. Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade’.

A Igreja não estava seguindo o mandamento do AMOR do Novo Testamento [N.T.: como as de hoje também nunca seguem] e tendo transgredido o mesmo, havia transgredido toda a Lei.

Tiago 2:13 - “Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo”.

Eles não receberiam misericórdia porque não estavam demonstrando-a com os que eram carentes.

Tiago 2:14 - “Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?”

A sua (referindo-se à igreja) fé (crença) de nada vai lhe servir se não agir segundo a mesma. Ninguém pode desprezar um irmão carente e continuar afirmando ser um seguidor de Cristo (1 João 2:9-11; 3:17-18). Mas aquele que possui bens materiais e vê o seu irmão em necessidade, fechando-lhe o coração, como pode habitar nele o amor de Cristo? Na 1 João 3:18, lemos: “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade”. Esta não é a fé salvadora. Tiago fala de alguém que apenas afirma ter fé, mas nada faz para a demonstrar. Ele quebra o mandamento de amar ao próximo como a si mesmo.

Tiago 2:15-16 - “E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?”

A Igreja estava negligenciando os irmãos em suas necessidades práticas, dizendo apenas “Deus o abençoe!”, não demonstrando fé, mas hipocrisia. Isso de nada serve ao ouvinte nem ao que fala. Os membros da Igreja estavam deixando de cumprir o mandamento de Jesus, registrado em João 13:34-35: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”.

Vamos agora à passagem controversa:

Tiago 2:17-18 - “Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”.

Uma fé não seguida de boas obras não é viva. É uma fé estéril. Tiago desafiou a igreja a mostrarem-lhe sua fé com obras (creio que Paulo desafiou os leitores a mostrarem a fé que possuem, com obras e não “sem” obras). Isso é impossível, pois somente Deus pode ver o coração, de modo que Tiago os desafiou, dando, ele mesmo, como exemplo: “... eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”. Tiago não estava pedindo que a igreja comprovasse sua salvação, mas que lhe mostrasse a sua fé, através da prática de boas obras.

Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (verso 17) - Tiago disse que essa fé em si mesma é exterior e interiormente morta... Ele estava explicando o tipo de fé resultante da salvação, ou seja, uma fé legítima e viva. Todas as boas obras são atos de fé, os quais devem ser de antemão possuídos. Deus não precisa ver nossas obras, pois Ele já nos justificou pela fé em Cristo. Isso está claramente expresso em Romanos 8:33: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica”. (“New Commentary on the Whole Bible”, Jamieson, Fausset & Brown on James 2:14-18).

Tiago não estava dizendo que somos salvos ou conservamos a salvação pela fé mais obras. Se esse fosse o caso, o crente poderia se transformar em auto-salvador. Ora, existe apenas um Salvador, isto é, a Pessoa de Jesus Cristo e a obra que Ele realizou na cruz. Tiago estava mostrando o tipo de fé realmente salvadora, a qual, se eles possuíam, deveria ser demonstrada. Como nossas ações sempre resultam daquilo em que cremos, Tiago estava pedindo que a igreja lhe mostrasse a sua fé.

Ele prossegue, no verso 21: “Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?”

Em que sentido Abraão foi justificado, visto como ele já havia, antes, sido declarado justo por Deus? Tiago está dizendo, ao contrário de Paulo, que Deus podia ver que Abraão era justo e que Ele já lhe havia imputado justiça. Contudo, até que Abraão levantasse sua faca contra Isaque, em obediência, somente Deus conhecia a sua justiça. Ao fazer isso, Abraão demonstrou fisicamente sua confiança em Deus, tendo sido colocado em posição de comprovar a genuinidade de sua fé.

Em seguida, Tiago responde à pergunta no verso 22: “Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada”. Então, a sua fé estava cooperando juntamente com as suas obras, as quais apenas comprovaram a fé que Abraão já possuía. Primeiro, precisamos ter fé, para que nossas obras sejam aprovadas por Deus. Era sobre isso que Tiago estava preocupado naquela Igreja.

Se Tiago quisesse dizer que Abraão foi justificado pelas obras, ele entraria em conflito com Paulo, o qual escreveu amplamente sobre este assunto em Romanos e Gálatas, mencionando, inúmeras vezes, que somos justificados pela fé (somente).

Paulo declara em Romanos 4:2-3: “Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus. Pois, que diz a Escritura?”. Eis uma boa pergunta. Vejamos a resposta, no verso 5: “Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça”.

Quando lemos Gênesis 4:10, vemos que Abraão foi justificado antes de obedecer a Deus e de receber a circuncisão. Tudo isso aconteceu antes que o seu filho Isaque tivesse nascido; portanto, sua justiça foi por Deus imputada somente pela fé.

Em Romanos 4:23-25, lemos: “Ora, não só por causa dele está escrito, que lhe fosse tomado em conta, mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos naquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor; o qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação”.

Mais tarde, Tiago declara em Tiago 2:23-24: “E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus. Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé”. E a Escritura foi cumprida, pois diz: “E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça”. E ele foi chamado amigo de Deus (verso 24). Vemos, portanto, que um homem foi justificado pelas obras e não apenas pela fé.

Paulo e Tiago estão discutindo sobre dois ângulos diferentes. Quando se observa isso mais cuidadosamente, a tensão entre ambos é resolvida. Paulo discute teologicamente como um pecador passa a ser considerado justo diante de Deus. Tiago se preocupa com o tipo de fé que resulta da salvação, visto como está se dirigindo a um problema particular que surgiu na Igreja de Jerusalém. Se alguém não apresenta obra alguma resultante de sua profissão de crença, será que essa fé é verdadeira? Pode ser uma fé salvadora? As obras feitas em Cristo falam de uma procedência viva da fé. Não fazemos boas obras para ser criados em Cristo, o que isso poderia significar, mas porque “fomos criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”. (Efésios 2:10).

Este é o ponto que Tiago deseja enfatizar, ou seja, que nossa fé é demonstrada pelas nossas ações em favor do próximo [Gálatas 5:14]. Esta é a verdadeira fé. Jesus disse que deveríamos praticar boas ações para glorificar o Pai celestial. A Bíblia jamais condena que tenhamos fé somente, mas (condena que tenhamos) uma fé que é morta, uma vazia profissão de fé. Sua aridez interior é demonstrada pela falta de vida exterior. As boas obras e a obediência demonstram nossa fé às pessoas que estão próximas de nós e elas glorificam a Deus.

Biblicamente, nossa fé já está viva, antes do batismo e de qualquer outra obra, e não se torna mais viva depois. A fé é um princípio ativo em todos os aspectos da vida cristã. Romanos 14:23 diz: “... tudo o que não é de fé é pecado”. Então, tudo deve ser feito por fé. Vivemos de fé em fé.

Então, se queremos mais um suporte bíblico, outra passagem comprovando que Tiago não estava dizendo que as obras salvam, vamos ler:

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”.

Somos salvos exclusivamente pela fé, a qual é comprovada pelas nossas obras. Estas não têm qualquer merecimento diante de Deus para a salvação, pois somos “criados em Cristo Jesus para as boas obras”. Se as boas obras pudessem salvar, então deveríamos fazer boas obras, a fim de sermos criados em Cristo Jesus e não é isso que o texto diz.

Tito 3:5 diz: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”. Continuamente, a Bíblia deixa claro que não depende do homem ganhar a salvação. Ela provém exclusivamente de Deus [que nos salvou e nos regenerou pelo Espírito Santo].

Voltemos a Romanos 4:4-5: “Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça”.

Em Romanos 11:6, Paulo declara: “Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra”. Ou se é salvo por uma ou pela outra, não por ambas, pois são duas Alianças diferentes.

Filipenses 3:9: “E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé”.

Gálatas 3:22: “Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes”.

Na 1 João 5:4-5, lemos: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?” O verso 5 mostra que quem possui fé no Filho de Deus vence mundo. [A única fé salvadora é a que foi depositada no Filho de Deus, a qual não provém de qualquer cerimônia ou feito].

“TODO aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido”. (1 João 5:1).

“Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20:31).

“Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tiago 2:26).

As obras demonstram simplesmente o que está vivo em nosso interior. As obras de uma pessoa manifestam exteriormente a realidade da fé, que não se pode ver. Somente DEUS pode ver o coração; o homem vê apenas a parte exterior. O fruto produzido por uma árvore mostra que ela é viva, saudável e produtiva. Não é o seu fruto que a torna viva, mas sua natureza interior. Primeiro, a fé é viva para produzir boas obras, mostrando exteriormente o que é invisível interiormente.

Let Us Reason Ministries - “Without Works Your Faith Is Dead”.


quarta-feira, 21 de abril de 2010

JEJUM


Abstinência ou abstenção total ou parcial de alimentação em determinados dias, por penitência ou prescrição religiosa ou médica.
(Dicionário Aurélio
)

Jejum é uma prática muito comum no meio religioso, todas as religiões existentes, cristãs ou não, usam desta forma de sacrifício para louvar as suas divindades.

Mas o que verdadeiramente é o jejum para os cristãos?
Uma simples abstinência de alimentos!
Não!
Infelizmente muitos têm olhado para o jejum como um fardo difícil de ser carregado e ignorado o verdadeiro sentido desta abstinência. Ficam sem alimentar-se por um período levado pelas circunstâncias (determinação da igreja ou algo semelhante), porém, não conseguem ver a grandeza deste ato de louvor ao Senhor. Infelizmente resumindo: Passam Fome!

Em Isaias 58.6,7 está escrito:

“Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?"

O Senhor está ensinando através de seu profeta, que o jejum deve envolver todo o nosso ser, a vontade é subjugada, a mente volta-se para Ele. São momentos nos quais devemos fechar a porta para a existência e abrir-nos totalmente para o Senhor. Longe de ser algo mecânico, ou encarado como uma obrigação, no entanto deve ser um ato que parte de nosso íntimo um reconhecimento da glória do Pai e do prazer em humilhar-se em sua presença.
Este ensino é dado ao povo escolhido desde os tempos dos reis, como uma prática agradável e que geralmente movia o coração do Senhor. Sua pratica era geralmente em situações
difíceis, em que o socorro divino era indispensável.
Veja o exemplo de Davi:

“... Jejuou Davi e, ... passou a noite prostrado...” 2Sm 12.16

Vejamos alguns textos que nos leva a conhecer diversos momentos em que o jejum foi extremamente necessário.
Jl 1.14, 2.12; 2Sm 1.12; Lc 5.33-35; Sl 35.13; Dn 6.18; Et 4.16; At 13.3, 14.23 etc

O jejum era uma prática comum entre os grandes servos do Senhor, pois sabiam que era uma forma de reabastecer-se, de renovar as forças para enfrentar as difíceis batalhas que tinham pela frente em seus ministérios e até mesmo na vida cotidiana.

Veja alguns exemplos:

Jesus: Mt 4.2;
Moisés: Ex 34.28;
Elias: 1Rs 19.8;
Paulo: 2 Co 11.27;
Cornélio: At 10.30;

Ana: Lc 2.37;
Davi: 2 m 12.16;
Neemias: Ne 1.4;
Ester: Et 4.16;
Daniel: Dn 9.3 entre outros.

O jejum também era feito coletivamente, praticado simultaneamente pela nação, numa cidade, pela igreja etc.

Leia os exemplos:

Nação: Israel Jz 20.6, Ed 8.21, Jr 36.9 etc;
Cidade: Ninivitas Jn 3.5-8;

Lideres: Apóstolos 2 Co 6.5;
Igreja: Primeiros Cristãos At 13.2

Apesar de ser uma prática comum no seio da igreja do Senhor, na Bíblia vemos poucos ensinamentos a respeito de como praticá-lo.
Em Mateus 6.16-18 vemos uma recomendação do Mestre em relação ao jejum:
“Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.”

Infelizmente este precioso ensinamento dado por Cristo pouco tem sido observado nos dias atuais, nos quais vive-se muito a aparência. E passar uma imagem de crente praticante deste sacrifico coloca sobre as costas uma capa de santidade. E o que deveria ser em secreto, torna-se extremamente aparente, à semelhança do Fariseu que se exaltando dizia a todos:
“Jejuo duas vezes por semana...” Lc 18.12

Nestes dias apocalípticos, a simplicidade da palavra já não tem lugar e muitos têm tentado explicar o inexplicável, e neste afã, inventaram diversas normas para a prática do jejum.
E cada Pastor, impõe as suas ovelhas formas predefinidas e até absurdas para sacrificar ao Senhor.
A palavra, porém, aponta para a voluntariedade é um pacto entre a pessoa e Deus; que nasce no coração, com o desejo de agradar ao Mestre. É uma forma de nos humilharmos em sua presença, clamando pela sua misericórdia ou demonstrando a nossa gratidão pelo seu amor.

Estava em Porto Seguro - BA, e por estar com a Bíblia na mão, aproximou-se um jovem crente. Começamos a conversar sobre as coisas espirituais e ele confidenciou-me que estava em jejum e por determinação do pastor, nem mesmo a saliva poderia engolir.
Uma irmã contou-me, que para um verdadeiro jejum, teria que ficar em casa, orando e lendo a Bíblia e não poderia conciliar trabalho e jejum.

E como estes exemplos radicais, há muitos outros.

Ditar normas e formas de sacrificar ao Senhor é colocar fardos pesados sobre as pessoas e muitos são induzidos ao erro.
E isto é andar em sentido contrário, pois Cristo veio tirar os fardos pesados difíceis de serem carregados, no entanto, muitos chamados homens de Deus, fazem questão de colocá-los sobre os ombros das ovelhas.
O que deveria verdadeiramente ser ensinado e cobrado pelos pastores era a condição única de santificar-se, deixando o pecado e de voluntariamente chegar-se diante do Pai e fazer um pacto de sacrifício.

Na prática do Jejum é indispensável:

A) Leitura da Palavra - Meditar nos ensinamentos, vivenciá-los

B) Oração - Jejum sem oração, não é jejum! Deve-se esta em oração constante!

E para orarmos, só precisamos de vontade. Ora-se: andando pelas ruas; dirigindo; em casa;trabalhando; no metrô, trem ou ônibus; enfim em todos os lugares!

Orar é falar com Deus, como ele conhece nossos pensamentos, não há necessidade de sairmos pelas ruas clamando em voz alta. É só você e Deus! Ele te ouvirá.

C) Estar em Espírito - É viver com a mente voltada para os céus, ligado nas coisas espirituais. É uma condição de vida para todos os Servos do Senhor, em tempos de jejum ou não.
“ Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” Sl 51.17

Quanto à forma de jejuar, esta depende do mover do Espírito Santo ou de sua própria opção, cito alguns exemplos:

a) Ficar por um período sem alimentar-se: 12, 24 ou mais horas.
b) Excluir da alimentação por um período pré-estabelecido algum item.
Exemplo: Carne, refrigerantes, doces, etc.
c) Não se alimentar com produtos fermentados.
d) Alimentar-se só com raízes.
e) Alimentar-se apenas com líquidos por um tempo determinado.
f)
Faça segundo o teu coração com o objetivo principal de honrar ao Senhor.

No Jejum, temos que afrontar a carne, lutar contra ela, humilhá-la, ir contra nossa própria vontade. Portanto é inconcebível que alguém venha oferecer um sacrifício que não vá doer na carne. Por exemplo:
Querer excluir da alimentação o refrigerante por um período, quando normalmente você bebe esporadicamente.

Certamente será em vão!

É Preciso ir contra a carne! Afrontá-la!

“Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o SENHOR não come, e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.” Rm 14.6-9

E assim deve ser o nosso viver, tudo quanto façamos, que seja feito no Senhor.

Consulte mais sobre jejum, veja os textos:
1Rs 21.9; 2 Cr 20.3; Ed 8.21; Sl 35.13, 69.10; Jr 36.6; Dn 6.18, 9.3; Jl 1.14, 2.15; Jn 3.5; Zc 8.19; Mt 15.32, 17.21; Mc 8.3; Lc 2.37; At 14.23, 27.9; 2 Co 6.5, 11.27

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Serão salvas as pessoas de religiões não cristãs ?


Algumas pessoas acreditam que as religiões mundiais o islamismo, o cristianismo, o hinduismo, etc. são, apenas diferentes, mas igualmente boas, maneiras de adorar a Deus. Elas dizem que o hinduismo é o caminho de Deus para os orientais; que o islamismo é o caminho de Deus para os árabes; e que o cristianismo é o caminho de Deus para as civilizações ocidentais, etc.

Jesus, porém, disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6). Em outra ocasião, Jesus afirmou: "Se não crerdes que eu sou, morrereis nos vossos pecados" (João 8:24). Jesus enviou seus discípulos para pregar a todas as nações, ordenando a cada homem que se arrependa e obedeça ao evangelho (Mateus 28:18-20). Paulo disse que Deus ordena a todos os homens, em qualquer lugar, que se arrependam, porque o mundo será julgado por Jesus Cristo (Atos 17:30-31). O mínimo que pode ser dito é que Jesus declarou ser o caminho exclusivo da salvação para todas as pessoas, de todas as raças, em todas as nações. Você pode decidir rejeitar isto, mas já não crerá mais em Jesus, se fizer isso.

Realmente, se os homens pudessem ser salvos pelo islamismo, o hinduismo, o budismo, o taoismo ou qualquer outra coisa, Jesus não precisaria ter sido crucificado. O sacrifício de Cristo seria desnecessário, se um homem seguindo, cuidadosamente, os princípios do hinduismo pudesse ser salvo. Há um só Deus, um só Salvador, um só Senhor, um único caminho da salvação, um só evangelho, uma única esperança (veja Efésios 4:4-6). Muitas são as invenções e perversões dos homens.




sábado, 17 de abril de 2010

Deus criou o mal ?


Em Isaías 45:7, Deus diz: "Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas." Aceitamos como verdade inegável esta afirmação de Deus. Agora, como devemos entendê-la?

Algumas pessoas têm usado este versículo para definir o caráter de Deus como um ser mal, até sugerindo que o Deus do Velho Testamento é malevolente e vingativo em contraste com Jesus, o bom e benevolente Deus do Novo Testamento. Tais conclusões contradizem as claras afirmações do Velho Testamento ("Bom e reto é o Senhor, por isso, aponta o caminho aos pecadores"-Salmo 25:8) e do Novo Testamento ("Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras. Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim"- João 14:10-11).

Outros usam o mesmo versículo (Isaías 45:7) para dizer que Deus é um ser "equilibrado" que é tanto bom como mau. Tal idéia é representada em símbolos de falsas religiões, como o "yin-yang". Mas, o Deus verdadeiro não é um conjunto de forças opostas. Ele é perfeitamente bom, e não contém nada de maldade. "Deus é luz, e não há nele treva nenhuma" (1 João 1:5).

Ainda outros têm exagerado o conceito da soberania de Deus até o ponto de negar o livre arbítrio do homem. Segundo alguns sistemas de teologia, Deus decreta tudo, e o homem é impotente para resistir a vontade do Senhor. Pessoas com estas idéias afirmam que Deus predestinou cada pessoa para a salvação ou condenação, e que Jesus morreu somente para salvar as pessoas eleitas pelo capricho de Deus. Tais doutrinas são falsas. Deus chama todos ao arrependimento (Atos 17:30) porque ele não quer que ninguém pereça (2 Pedro 3:9). Jesus provou a morte por todo homem (Hebreus 2:9). Ele mandou que os apóstolos pregassem a toda criatura, e prometeu a salvação àqueles que cressem e fossem batizados (Marcos 16:15-16).

E Isaías 45:7. O que Deus fez? Outras passagens nos ajudam. Deus não criou o mal no sentido moral. "Pois tu não és Deus que se agrade com a iniqüidade, e contigo não subsiste o mal" (Salmo 5:4-5). Deus não tenta ninguém, pois ele é a fonte de "toda boa dádiva e todo dom perfeito" (Tiago 1:13-17).

A palavra "mal" em Isaías 45:7 vem de uma palavra original que pode ter vários sentidos. Neste contexto e em outros onde Deus faz ou traz o mal, a palavra significa "calamidade" ou "punição". É o oposto de paz. Deus usaria Ciro para "abater as nações" (45:1). Em 45:8, Deus promete salvação (paz) e justiça (punição ou mal). Outros trechos usam a mesma linguagem. Os males que Deus ameaçou trazer em 2 Reis 22:16 foram punições e calamidades (veja Josué 23:15, onde aparece a mesma palavra no original).

Deus criou o mal? Sim, no sentido que um Deus justo e santo se afasta do pecador e o castiga por sua iniqüidade. Mas Deus jamais criou o pecado, e não tenta ninguém.


sexta-feira, 16 de abril de 2010

Quantos ladrões zombaram de Jesus na cruz?

Qualquer estudo detalhado da vida de Jesus envolve comparações dos quatro relatos do evangelho. Às vezes, estas comparações levantam questões sobre diferenças nos relatos. Consideremos um exemplo. Os quatro evangelhos afirmam que dois ladrões foram crucificados com Jesus. Mateus e Marcos dizem que os dois participaram das blasfêmias contra Jesus (Mateus 27:44; Marcos 15:32).Lucas, porém, diz: “Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:39-43).

Só Lucas fala da discordância entre os dois ladrões e da salvação de um deles. Esta diferença é prova de contradição entre os relatos? Mostra que a Bíblia não seja confiável?

Uma contradição aparece quando um relato nega outro, sem a possibilidade de conciliar os registros num relato coerente. Se Mateus ou Marcos tivesse negado a salvação de um dos ladrões, seria uma contradição, porque Lucas relata a promessa de Jesus a um dos dois.

Mas neste caso, há pelo menos uma explicação plausível que junta os relatos: Jesus foi crucificado entre dois ladrões. Inicialmente, os dois participaram da zombaria. Mas durante seis horas na cruz, um deles repreendeu o outro, como Lucas relata, e Jesus lhe prometeu um lugar no paraíso.

Devemos seguir o mesmo procedimento quando enfrentamos outras diferenças, devemos procurar uma explicação que admite todos os fatos relatados. Jesus curou dois endemoninhados (Mateus 8:28-34), mas Marcos e Lucas não erraram quando falaram da cura de um, especificamente daquele que saiu pregando o evangelho (Marcos 5:1-20; Lucas 8:26-39). Marcos (10:9-12) e Lucas (16:18) relatam o ensinamento geral de Jesus sobre o divórcio e casamento, mas não negam a exceção que Jesus citou em casos de relações sexuais ilícitas (Mateus 19:9).

Um relato pode complementar outro sem contradição, e a Bíblia continua confiável.

Leia a bíblia diariamente.

Amor


A Chave para Herdar a Vida Eterna

Que farei para herdar a vida eterna?"foi a pergunta que um intérprete da Lei fez a Jesus, em Lucas 10:25. Jesus replicou com suas próprias perguntas: "Que está escrito na Lei? Como interpretas?" Sua resposta foi previsível, uma vez que Jesus consistentemente mandava os homens de volta às Escrituras para responder todas as perguntas espirituais. Em sua resposta, o professor da Lei citou os mandamentos para amar a Deus com todo nosso coração e amar nosso próximo com a nós mesmos. Jesus concordou. Então, ele acrescentou: "faze isto e viverás" (Lucas 10:28). Jesus recusava permitir que a discussão de sua palavra ficasse na teoria. Ele exigia que os homens praticassem o que sabiam. Amar a Deus e ao próximo podem ser tópicos interessantes para conversa, mas a intenção é que sejam mandamentos para serem obedecidos, e não filosofias a debater. O intérprete da Lei preferiu falar sobre como receber a vida eterna; Jesus lhe ordenou que fizesse o que era necessário para obtê-la.

Considere estes dois mandamentos cuidadosamente: Amar a Deus e ao teu próximo. Os dois próximos parágrafos em Lucas ilustram o que cada mandamento significa. Para explicar o que significa amar o próximo, Jesus contou a parábola do bom samaritano. Para exemplificar a idéia de amar a Deus, Lucas contou a história da visita de Jesus à casa de Marta e Maria.

Amar o teu próximo
A parábola do bom samaritano (Lucas 10:30-37) é um dos mais conhecidos ensinamentos de Jesus. A história apresenta quatro conjuntos de personagens: O homem que foi roubado, espancado e deixado como morto. Quase nada sabemos sobre este homem, exceto que estava viajando de Jerusalém para Jericó. Não sabemos sua classe social, seu caráter, nem mesmo sua raça. Não sabemos se ele tinha feito alguma coisa para merecer estes ferimentos. Não faz diferença: O amor ao próximo responde à necessidade, não à identidade da pessoa. Os assaltantes. Eles se aproveitaram de sua vítima, tomaram o que puderam, e se desfizeram dela. Muitos hoje em dia olham para os outros do mesmo modo que os ladrões. Procuram ganhar o que podem de alguém e depois não se preocupam mais com ele. Um sacerdote e um levita que estavam viajando pela estrada. Eles viram o homem ferido e se desviaram, passando pelo outro lado. A despeito da posição religiosa deles, evidentemente encontraram alguma desculpa para não ajudar. O samaritano. Um judeu poderia ter esperado que o samaritano tivesse sido o vilão da história. Mas Jesus mostrou que alguns dos desprezados samaritanos eram mais justos até mesmo que sacerdotes e levitas.

O que tornou o samaritano diferente? Ele teve compaixão pelo homem ferido. Os outros estavam tão absorvidos consigo mesmos que realmente não se interessaram por ele, mas quando o samaritano viu a vítima, ele teve compaixão dela. Ele se arriscou. O assalto mostrava vividamente que a estrada era perigosa. Mas ele parou, cuidou dos ferimentos do homem e levou-o a uma hospedaria para receber tratamento. Ele fez o que pôde. O samaritano não era um centro médico totalmente equipado. Ele não era médico. Ele não construiu nenhum hospital. Sem dúvida, havia outros que poderiam estar bem mais qualificados para ajudar se estivessem na cena. Mas este samaritano fez o que pôde com o que tinha. Ele tomou de seu próprio óleo e vinho e tratou os ferimentos. Ele usou seu próprio animal para transportar o homem. Ele pagou a estadia do homem na hospedaria e prometeu pagar quaisquer despesas restantes quando voltasse.

Jesus perguntou ao intérprete da Lei qual deles tinha-se mostrado ser o próximo do homem ferido. Ele respondeu corretamente que foi aquele que o tinha socorrido. O homem tinha aprendido que a identidade de nosso próximo não depende de lugar ou raça, mas que todo aquele que necessita de nossa ajuda é nosso próximo. De novo, Jesus ordenou ao homem: "Vai e procede tu de igual modo" (Lucas 10:37). O amor precisa ser praticado, não admirado.

Amar a Deus
A visita de Jesus à casa de Marta e Maria ilustra o verdadeiro significado de amar a Deus: "Indo eles de caminho, entrou Jesus num povoado. E certa mulher, chamada Marta, hospedou-o na sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada os pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos. Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada" (Lucas 10:38-42).

Marta era uma boa senhora. Ela recebeu bem Jesus em sua casa. Ela poderia ter-se incomodado com o serviço extra e a perturbação que sua visita traria e ter pedido a Ele que se fosse, mas não o fez. Ela estava ansiosa por sentar-se e ouvir o Senhor, como sua irmã Maria estava fazendo, mas as exigências de suas preparações deixaram-na sem tempo para fazer isso. Talvez ela estivesse preparando uma refeição, limpando a casa ou atendendo às outras tarefas domésticas da família. Seus elevados padrões nessa área e sua compulsão para ter as coisas bem em ordem para a visita de Jesus frustraram-na grandemente. Ela ficou irada porque sua irmã não a estava ajudando. Jesus apontou o problema dela: estava aflita e aturdida por muitas coisas. Não eram coisas más, porém não eram "aquela coisa" de importância suprema. Ela estava aplicando esforço de primeira qualidade a atividades de segunda qualidade.

Maria, em contraste, sentou-se aos pés de Jesus, ouvindo-o. Havia uma refeição para ser preparada, talvez uma casa para ser limpa, mas Maria escolheu passar o seu tempo com seu Senhor. Tanto Maria como Marta tinham algum amor por Jesus. Mas Maria era aquela que amava a Jesus com "todo" o seu coração, com "toda" a sua alma, com "toda" a sua força, e com "todo" o seu entendimento. Amar assim a Cristo significa escolher buscar as prioridades espirituais, mesmo se isso significar fazer outras coisas não tão bem, ou mesmo não fazê-las.

Aplicações
Jesus concordou que amar a Deus e amar ao próximo são as coisas que temos que fazer para ir para o céu. Em outra ocasião ele disse que estes são os dois maiores mandamentos (Mateus 22:37-39). É impossível ressaltar demais estes dois princípios. Contudo, o amor é pouco entendido e ainda menos praticado. Muitos vêem o amor como uma sensação, um sentimento ou emoção. Uma vez que têm uma bondosa disposição para com Deus e um espírito pacífico para com os outros, eles crêem que já cumpriram todas as responsabilidades do amor. Precisamos prestar cuidadosa atenção a estas ilustrações do amor porque elas nos ajudam a entender o que o amor realmente significa na prática.

O bom samaritano socorreu o homem necessitado. O amor é ativo. O amor vê aqueles que têm problemas --físicos ou espirituais-- e sente compaixão por eles. Muitas pessoas estão muito absorvidas consigo mesmas para se preocuparem com os outros e suas dificuldades. Para amar como o samaritano amou, precisamos esquecer de nós mesmos e nos comovermos com o sofrimento dos outros. Isso nunca é mais verdadeiro do que quando vemos pessoas que precisam de auxílio espiritual. Jesus viu as multidões como ovelhas sem pastor e sentiu compaixão por elas, ainda que ele mesmo estivesse exausto (Marcos 6:34). Ele partilhou ansioso a água viva com uma mulher imoral, a despeito de sua própria fome, sede e fadiga (João 4). O amor aceita riscos para ajudar os outros. Algumas vezes o maior risco que tememos é a rejeição. Se outras pessoas desprezarem nossas tentativas para ajudá-las, sentiríamos feridos. Assim, buscando isolar-nos do risco de ter nosso ego arranhado, evitamos aproximarmo-nos delas. É arriscado convidar um vizinho a ler a Bíblia conosco, chegar a um irmão e reprová-lo, ou desafiar um amigo com respeito à vida dele. O amor arrisca rejeição para ajudar os outros. O amor faz o que pode. Não podemos fazer tudo o que alguém possa precisar, mas podemos fazer alguma coisa. Não temos todas as respostas, mas temos algumas. O amor serve.

Maria escolheu a boa parte e essa escolha demonstrou seu amor por Jesus. Nossas escolhas sempre demonstram o que amamos. E uma coisa é certa: escolhas serão feitas porque ninguém pode fazer tudo. Algumas coisas que, por si mesmas, são boas e apropriadas, terão que ser omitidas. O que escolheremos? Algumas pessoas escolhem o urgente em vez do importante, fazendo as coisas que precisam ser feitas imediatamente em vez das coisas que são muito mais valiosas a longo prazo.Uma vez que muitas tarefas espirituais (coisas como orar e estudar) podem ser feitas a qualquer tempo, elas tendem a ser postas de lado enquanto nos concentramos em atividades com limite de tempo. Alguns escolhem as coisas que são visíveis em vez das coisas que as pessoas não podem ver. Uma vez que as atividades espirituais não são percebidas pelos outros, elas podem ser facilmente negligenciadas. Marta recebeu bem a Cristo, porém não escolheu a boa parte. Tinha tantas outras coisas que a sobrecarregavam e preocupavam que não teve tempo para senar-se e ouvir Jesus. O tempo que gastamos com Jesus é um sinal de quanto o amamos.

O amor é a chave para herdar a vida eterna. Amamos a Deus? Amamos nosso próximo?

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domingo, 11 de abril de 2010

Igreja não pune padre pedófilo britânico

Da Agência EFE

Londres - As autoridades eclesiásticas não atuaram no caso de um sacerdote católico que admitiu ter abusado sexualmente de adolescentes em um colégio de Yorkshire (Inglaterra), denuncia neste domingo o dominical "The Sunday Telegraph".

O bispo de Leeds, Arthur Roche, escreveu ao Vaticano em busca de assessoria sobre como atuar no caso do padre Neil Gallanagh depois da divulgação de casos de abusos, mas nenhuma medida foi adotada contra ele.

Segundo os grupos de apoio às vítimas dos sacerdotes pedófilos, o fato de o Vaticano não ter atuado contra Gallanagh mina sua tentativa de demonstrar que esta castigando os sacerdotes culpados de abusos de menores.

Gallanagh cometeu os abusos quando trabalhava como capelão da escola para surdos, no condado de West Yorkshire, nos anos 70.

Mas os abusos não foram divulgados até 2002, quando o sacerdote trabalhava como pároco em Horsforth, Leeds.

Em 2005, aos 75 anos e já aposentado, Gallanagh assumiu a culpa pelos abusos a dois adolescentes e foi condenado a seis meses de prisão condicional.

sábado, 10 de abril de 2010

Líderes evangélicos desunidos em São Caetano

Cada dia fica mais evidenciado que os evangélicos estão bastante desunidos em São Caetano-PE.É uma lástima o fato de cada pastor se preocupar com o crescimento apenas do seu ministério no município,esquecendo que em primeiro lugar esta a pregação do evangelho,pois,é através de ouvir a palavra de Deus que as pessoas poderão gerar fé em seus corações,consequentemente,terem aumentadas suas chances de salvação na pessoa de JESUS CRISTO.
Espero que este quadro mude o mais rápido possível,que os pastores possam se unir e realizarem grandes cruzadas evangelísticas em São Caetano,pois,cada Igreja possui em seu quadro de membros, irmãos e irmãs com os mais variados dons e talentos,que se forem usados de maneira coletiva e harmoniosa,não tenho a menor dúvida que satánas bate em retirada da nossa cidade,pois,será grande a ação do Espírito Santo e o inimigo das nossas almas não resistirá ao poder do POVO DE DEUS UNIDO E UNGIDO.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Pedofilia: defesa adotada pela Igreja é sinal de fraqueza


CIDADE DO VATICANO, Santa Sé — Desempenhar o papel de fortaleza sitiada, acusando a mídia e as "forças" anticristãs de tentar atingir o Papa Bento XVI na crise dos escândalos de pedofilia, é um sinal de fraqueza do Vaticano e da Igreja Católica, que precisam de verdadeiras reformas, segundo vaticanistas.

O forte gesto do número dois do Vaticano, Monsenhor Angelo Sodano, que antes da missa de Domingo de Páscoa, transmitida ao vivo, garantiu a Bento XVI o apoio de "toda a Igreja", surpreendeu por seu caráter inédito.

Ele se somou, assim, à denúncia, pela imprensa do Vaticano, de uma "campanha de propaganda grosseira contra o papa e os católicos" com milhares de mensagens de solidariedade de prelados divulgadas durante toda a semana de Páscoa.

Mas esta estratégia defensiva poderá dificilmente fazer parar as revelações de abusos e os questionamentos sobre o silêncio de Bento XVI que, antes de tornar-se papa, em 2005, foi durante 24 anos chefe da Congregação para a Doutrina da Fé (a antiga Inquisição), encarregada de instruir e punir os crimes graves.

O papa e a Igreja devem "sair do bunker e da psicose do estado de sítio" para "resolver questões abertas por esta crise gravíssima", explicou à AFP Giancarlo Zizola, vaticanista do jornal La Repubblica, que, assim como numerosos especialistas, reconhecem em Bento XVI a "coragem" de ter iniciado a luta contra a pedofilia no clero.

Em vez de se deixar dominar pelos "falatórios" da mídia e de outras forças presumivelmente hostis como fez o cardeal Sodano domingo, "a Igreja deverá, ao contrário, reconhecer seu papel na investigação dos fatos", acrescenta ele.

A polêmica de Sexta-Feira Santa, após o paralelo traçado pelo pregador do Vaticano entre um clima considerado hostil aos católicos e o antissemitismo "deu a impressão de um Vaticano que perde um pouco o fio da meada", segundo o vaticanista Bruno Bartoloni.

Mesmo o fervoroso escritor católico Vittorio Messori pediu à Santa Sé admitir "erros de comunicação", em artigo no jornal Corriere della Sera.

Segundo Bartoloni, "há qualquer coisa que falta em torno do papa, principalmente em relação à competência do secretariado de Estado", no qual Monsenhor Sodano, considerado um "político" hábil, foi substituído desde 2006 pelo muito apagado cardeal Tarcisio Bertone.

Enquanto a Igreja atravessa seu mais difícil período dos últimos 40 anos, a personalidade do papa, que "tem tendência a trabalhar sozinho, sem dar muita importância à mídia" complica a tarefa dos estrategistas do Vaticano.

"Não acredito que ele esteja preocupado com a atual tormenta. Enquanto professor (de teologia) ele consagra seu tempo a escrever livros e discursos e à sua missão voltada para melhorar a cultura evangélica", destaca Zizola.

No entanto, a Igreja tem do que se preocupar. "Há 4 milhões de alunos e 3.500 instituições católicas no mundo; se as famílias começarem a ter dúvidas, será um drama, porque as crianças são os futuros fiéis", destaca Bartoloni.

"É preciso mudanças profundas: reformar seminários, a seleção do clero e o papel maior os leigos ao lado dos padres na Igreja, como comunidade, como acontece na Índia ou na África", preconiza Zizola.

Se a crise continuar a aumentar, "é possível", segundo Bartoloni, que o papa convoque um consistório extraordinário, com instruções mais fortes em matéria de pedofilia, como "tomar a iniciativa de denunciar situações nebulosas mais do que esperar" as queixas das vítimas.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O VERDADEIRO SIGNIFICADO DA PÁSCOA


Pessach, uma palavra hebraica, traduzida para o português: Páscoa que significa passagem ou passar por cima. Esta idéia está implícita em versos que referendam a esta festa em Êx 12.11, 23, 27. A Páscoa celebrava-se com a morte de um cordeiro no dia 14 de Abibe (cf. Êx13.4). Abibe significa espigas verdes e corresponde ao primeiro mês do calendário hebraico. Durante o exílio, este nome foi substituído pelo nome babilônico Nisã, que significa, começo, abertura.
A Páscoa, como é comemorada pelo mundo, não nos traz qualquer beneficio, mas quando entendemos que nossa Páscoa é Cristo, então chega a hora de tiramos das reflexões e práticas correlatas, muitas importantes lições.
Primeiramente aprendemos que se Cristo é a nossa Páscoa, não faz sentido a comemorarmos com ovos e nem coelhinhos, tampouco com sacrifico de animais, mas através do sacramento ordenado por nosso Senhor Jesus Cristo, a Ceia do Senhor.
"E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça; porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus e, tomando o cálice, e havendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós; porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus e, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós”.(LC 22: 15- 20).
Neste episódio, ocorrido pouco antes da prisão e morte de Jesus, Ele introduz naturalmente a Ceia como substituta da festa pascoal do Antigo Testamento. Se observarmos, está evidente que o Senhor não terminou a refeição pascoal antes de instituir a Ceia. O pão que era comido como cordeiro na páscoa foi consagrado para um novo uso pelo Senhor e o terceiro cálice, que era chamado de cálice da bênção, foi usado como segundo elemento na ceia. Desta forma percebemos que a Páscoa foi trocada por Jesus pela Ceia.
Depois desta simples exposição sobre a Páscoa, procure pensar no real significado desta festa para nós; aplicando as lições que este tema sugere na sua vida, para que você goze do privilégio da genuína libertação por meio de Cristo, nosso Cordeiro Pascoal (Êxodo 12:2-13).