terça-feira, 26 de março de 2013

O PÃO DE CADA DIA




 




Ninguém é digno do prazer de viver, se não usar suas angústias, ansiedades e aflições para irrigar a vida. 
Ninguém é digno das flores, se não sujar as mãos para lavrar a terra e cultivá-la. 
A existência tem curvas imprevisíveis, perdas inesperadas, choques fora do plano que traçamos.

Quando olhamos para o relacionamento que Jesus tinha com Seus discípulos, verificamos que Ele os testava constantemente. Era capaz de enviá-los sem suporte financeiro e sem alimentos para uma terra esranha. Orientava-os a experimentar o vale do medo e a construir segurança mesmo quando o mundo desabava sobre eles.

Corria risco de ser morto por proteger uma prostituta sem nenhuma religiosidade aparente e queria que os Seus discípulos aprendessem a amá-la independentemente de seus comportamentos. 
Para espanto deles, o Mestre não tinha medo de expressar Seus pensamentos em lugares onde se recomendava a prudência.

A oração do Pai-Nosso é uma síntese complexa do que Jesus viveu e ensinou. 
O Deus dessa oração não prometeu caminhos sem obstáculos, oceanos sem tormentas. Mas prometeu o pão cotidiano em cada travessia, força na angústia, coragem nas incompreensões e paciência nas perdas.

Deus não prometeu uma existência sem desertos, mas ensinou que há um oásis nos escombros das dores. 
Não prometeu campos de flores, mas ensinou, através de Jesus, que há dignidade nos vales dos temores e esperança nos abismos das derrotas. 
Ensinou que a vida deve ser homenageada a cada momento como um espetáculo único.

Deus não facilita a vida humana. 
Uma análise do comportamento de Deus indica que, se atender prontamente todas as necessidades humanas, criaria exploradores, e não seguidores, pessoas autoritárias e não altruístas.

O próprio Jesus comenta que é necessário bater, bater e bater à porta desse misterioso Pai. 
Não é um processo instantâneo, mas exige o esforço da fé, da paciência e a sabedoria que Ele tem o tempo certo para tudo.

segunda-feira, 25 de março de 2013

A SALVAÇÃO EM JESUS CRISTO

Por que se Torna Difícil se é Tão Fácil? 



 


Como está escrito em Romanos 3:10  "Não há justo, nem um sequer,”
Eclesiastes 7:16 "Não sejas demasiadamente justo, nem exageradamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo?”
Concentremos nossa maior atenção nestas duas citações bíblicas acima destacadas.
As duas se complementam quanto à advertência de Deus para nós, para que possamos ser justificados e salvos.

A primeira afirma expressa e categoricamente qual é a condição natural de qualquer pessoa perante a exigência da santa e perfeita justiça de Deus: “não há justo, nem um sequer”.

A segunda, é expressada em forma de ordenança para que evitemos o único e grande mal que pode nos impedir de sermos justificados e salvos por Deus, a saber, nos considerarmos justos e sábios, em demasia, perante Ele, ou seja, julgarmos que lhe somos aceitáveis em razão da nossa própria justiça e sabedoria. 

Assim, apesar de a salvação, a justificação, serem oferecidas gratuitamente, e mediante o arrependimento e a fé, não sendo impostas por Deus quaisquer outras exigências ou possíveis dificuldades, a sua obtenção se torna muito difícil, não da parte de Deus, mas das próprias pessoas, que se recusam a crer que não possam ser salvas por sua justiça própria.
Por natureza, não amamos a Deus e nem os seus mandamentos. E não há em nenhuma pessoa, a capacidade de passar todo o curso de sua vida neste mundo, sem cometer um único pecado que seja, porque por um único pecado a justiça de Deus demanda a nossa condenação eterna.

Não podemos esquecer que a maldição da terra foi decorrente de uma só transgressão do primeiro casal criado.

Mas não serão argumentos verdadeiros da Bíblia, que poderão, de per si, remover o endurecimento do pecado que nos cega, e que nos impede que, por nós mesmo sejamos convencidos da nossa real condição diante da justiça de Deus.

Por isso necessitamos do trabalho de convencimento do Espírito Santo, sem o qual não podemos aceitar e confessar que somos pecadores que necessitam da justiça de Cristo, para que, pela fé nEle, possamos ser salvos. 

Estou escrevendo tudo isto, não em forma de dissertação teológica, mas por estar contemplando este comportamento em pessoas amadas, que se encontram em idade muito avançada, e que não confessaram a Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas, justamente por terem vivido de forma honesta, caridosa, amigável, e que por isso, consideram que não necessitam de qualquer outra justiça, além da própria, para irem para o céu, depois da morte.

Importa viver de modo justo e santo, mas sempre reconhecendo que não há em nós mesmos, qualquer justiça que possa nos recomendar à salvação eterna. 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Por Eliseu Antonio Gomes
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Recentemente, fiquei diante da seguinte queixa:
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A Biblia diz, que cabe ao homem ser provedor da sua casa. Mas não é bem isso que acontece hoje. A esposa trabalha fora, depois do expediente chega na residência e vai para o fogão fazer comida para a familia, e ainda coloca na mesa o alimento que ela comprou. Ela tem que ir ao colegio nas reuniões dos filhos, paga contas de luz, água, etc. Enquanto o marido fica sentado na praça dando milhos aos pombos e não se importa com o esforço dela, acha tudo natural, e ainda diz ser o cabeça da mulher. Biblicamente, você concorda com isso? 
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Eu perguntei: onde está escrito na Bíblia Sagrada que o homem deve ser o único provedor do lar? Não houve resposta.
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"Porém aquele que não cuida dos seus parentes, especialmente dos da sua própria família, negou a fé e é pior do que os que não crêem".  1 Timóteo 5.8.
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Antes de tudo, é preciso recorrer ao bom senso. Nem todos os homens deixaram de ser arrimo de família por decisão pessoal, passam por uma crise financeira por causa de desemprego ou outros fatores. Para muitos, depender do suor de suas esposas é muito humilhante e até leva-os à depressão. E, sobre aquele homem, que é um vagabundo, que não quer trabalhar por causa de preguiça, o apóstolo Paulo escreveu; "se alguém não quiser trabalhar, também não coma (2 Tessalonicenses 3.10).
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É bíblico a esposa cristã ser provedora do lar? Para um casamento ser aos moldes bíblicos, é preciso que o casal despreze o machismo e o feminismo. A pergunta precisa passar por esse filtro e ser respondida sem influências de filosofias humanas, tão em voga na sociedade.
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A Bíblia nos diz que, dentro do matrimônio, a mulher tem papel de adjuntora (pessoa ao lado) do marido. Ela é a auxiliar, a companheira. Quanto ao homem, nos diz a Escritura que ele é o cabeça da mulher. Ao longo do tempo, tais definições têm sofrido ataques de filosofias feministas e machistas. O feminismo alega que ser uma companheira auxiliadora é humilhante e desvaloriza a esposa; o machismo quer nos fazer crer que ser o cabeça é uma posição de superioridade. Nada disso está de acordo com a Palavra.
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Não existe respaldo bíblico que nos faça aceitar que o marido deve ser o único provedor do lar. Também, é­ claro que um homem assumir o papel de único provedor é aceitável. E, não é correto afirmar que uma ou outra situação é orientação bíblica. A Bíblia não instrui nada a respeito, deixa em aberto essa questão da provisão. 
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Existe mulher que não nasceu para lidar com atividades domésticas. Se a casa ficar aos cuidados dela tudo vira bagunça. Elas preferem seguir carreira em uma profissão. Quem se casa com uma pessoa assim jamais conseguirá ser o provedor dela. Ela será uma boa companheira, mas jamais tendo o marido como seu provedor. A vida conjugal deles será com ambos sendo fontes de provisão. 
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Não estou criticando as mulheres caseiras. Elas desempenham o seu papel também. E merecem toda a nossa admiração. Tanto o primeiro como o segundo modelo estão certos, se o casal aceita que assim seja. 
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E.A.G. 
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Fonte: Belverede