sábado, 26 de setembro de 2009

Ofertar é semear riquezas?


As you sow so shall you reap

“E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará.” (II Coríntios 9 : 6)

Em 2007 foi divulgada na internet parte de uma mensagem de Silas Malafaia onde ele dizia que a oferta era uma analogia da semente e que quem oferta devia dar como quem semeia, na expectativa de colher.

Segundo a interpretação dele, quem oferta deve esperar colher riquezas espirituais e materiais.

Segundo o verso que citei acima (que aparece num contexto de doação) realmente a doação é comparada a uma semente e há expectativa de colheita.

Mas o que deve motivá-la é o amor.

“Não digo isto como quem manda, mas para provar, pela diligência dos outros, a sinceridade de vosso amor.” (II Coríntios 8 : 8 )

Além disso, a colheita não é descrita como um acréscimo de riquezas e sim como uma ajuda no momento de escassez:

Mas, não digo isto para que os outros tenham alívio, e vós opressão,
Mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade;
Como está escrito: O que muito colheu não teve de mais; e o que pouco, não teve de menos.(II Coríntios 8:13-15)

Em outras palavras, convinha que eles doassem e ajudassem os irmãos necessitados porque no momento em que passassem necessidade, e os outros irmãos tivessem condições,eles os ajudariam e assim eles receberiam conforme plantaram.

Quem doa para quem necessita, além de emprestar a Deus, também semeia para colher no dia da sua necessidade.

Porém não se deve exagerar, pois não se exige de nós (e nem deles o foi) o que não podemos dar.

“Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem.” (II Coríntios 8 : 12)

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